quarta-feira, 26 de março de 2014

O Golpe da Notificação Judicial: Ingenuidade ou Ganância humana??

A esperança ao longe da conquista do dinheiro fácil manipula completamente a mente humana de tal forma que cria uma teia tão complexa que o final é: pesadelo!!!


Assistindo a um programa informativo na TV Aberta me deparei com uma reportagem sobre o "Novo Golpe" que os criminosos estão utilizando para ludibriar supostas vítimas e por fim obterem vantagem financeira. A reportagem informa que estão sendo enviados para o domicílio de várias pessoas, distribuídas pelo País, uma Carta Notificando Judicialmente que o destinatário é titular dos direitos oriundos de uma ação judicial e assim, possui uma certa quantia em dinheiro à receber, no entanto, para que seja recebida é necessário que realize o pagamento das custas processuais como condição de recebimento da quantia. 
O documento enviado é cópia falsa similar aos documentos oficiais dos órgãos judiciais. Nesse caso, os criminosos tem utilizado o Poder Judiciário de São Paulo nos documentos enviados as vítimas. Como nota-se na imagem supra, o documento perfeitamente passa por um documento verdadeiro, inclusive, com vários dados e informações.
Acontece que, muitas dessas vítimas acreditando serem beneficiárias desse suposto valor, sem contudo, tomarem as precauções necessárias, acabam "caindo" no golpe e depositando certa quantia em dinheiro em uma conta disponibilizada, com o intuito de ver rapidamente o recebimento da quantia informada.
Por infelicidade das vítimas após o pagamento das "custas processuais" ficam sem o recebimento da quantia informada, e consequentemente, descobrem que "caíram" no velho golpe de obtenção de dinheiro fácil.
Após assistir a referida reportagem refletindo sobre o tema, me veio ao pensamento a indagação: Ingenuidade ou Ganância humana?? o fato das vítimas sofrem tal prejuízo patrimonial.

Pelo que vemos nos dias atuais, o desequilíbrio avassalador da humanidade no consumismo, seja material ou satisfação de um prazer (subjetivo), torna as pessoas vulneráveis a seus próprios desejos e sonhos. E quando se deparam com "oportunidades" como essas, a sua frente, chegando como verdadeiros "milagres" não há racionalidade nas atitudes, e simplesmente, realizam a viagem mais desesperadora de suas vidas. Tendo o lugar de chegada como o "despertar" de um pesadelo. A frente nada mais do que um desfalque financeiro de grande monta, outras vezes, economias guardadas de muitos anos e de muita dedicação e sacrifícios.
Sem ter a segurança de que serão reembolsados dos valores liberados, desesperadamente, recorrem a Justiça, o porto seguro, em busca de uma solução e de que a justiça seja feita!!! Mas a realidade não é bem essa, o socorro não vem e o dinheiro muitas vezes nunca será encontrado e mais um caso que fica "arquivado" na memória da sociedade como mais um "fracasso" da justiça.
Longe de mim de querer dizer que a Justiça não é falha, que as leis são brandas e que falta efetivamente o cumprimento da legislação, bem como fiscalização para que o princípio da segurança jurídica seja de fato respeitado.
No entanto, porque esses golpes, que sinceramente, são antigos e sempre dão resultado continuam tendo tanto resultado nos dias atuais? Numa sociedade como a que vivemos em constante transformação, modernização e crescimento intelectual continua a mercê de golpes tão primários e grosseiros como esse? São perguntas que trago para uma reflexão sobre a essência do ato. Será mesmo que o ser humano é tão ingênio a tal ponto de acreditar que possui direito a recebimento de uma quantia em dinheiro de um processo judicial, o qual sequer foi parte ou que se trata de um direito que nem mesmo possuiu em algum momento da sua vida.
Ou, estamos falando de um sentimento profundo da humanidade de ganância, que vem a tona sempre que se esta a frente de uma oportunidade impar de "mudança" da situação pessoal em que se vive?  Mas até quando, o ser humano será dominado por instintos materialistas e dominador que fazem com que haja tantos crimes como esse na Sociedade?
Não há uma resposta que define a conduta das vítimas, muito menos a certeza do porquê acontece tantos golpes similares a este, mas uma coisa é certa, a prática de racionar antes de qualquer atitude, sem dúvidas, garante a segurança do patrimônio pessoal e muitas vezes evita "dores" de cabeça desnecessárias.






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