sexta-feira, 4 de abril de 2014

Aumenta número de veículos encalhados em montadoras e concessionárias

Nem com a Copa do Mundo será capaz de impulsionar a economia brasileira em 2014, afirma o economista Fernando Ferrari, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O economista acredita que o desempenho do país se repita de acordo com os últimos anos do governo Dilma, tendo um crescimento abaixo de 3%.

Pelo que parece, o Governo Dilma tem realizado medidas em cima da "hora", os chamados trabalhos de apagar incêndio do que a prevenção. No ano de 2013 não foi diferente e certamente o ano de 2014 conduz ao mesmo quadro na economia, senão pior.

No setor industrial já começou uma série de medidas preventivas com intuito de conservar equilíbrio na economia. Um exemplo são as montadoras de veículos que iniciaram uma série de medidas para equilibrar o setor, uma vez que houve um acúmulo de veículos estocados sem terem sido vendidos.

No jornal O Globo foi publicado reportagem interessante sobre essa questão.

O número de veículos encalhados nos pátios de montadoras e concessionárias aumentou 11% em março, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira pela associação que representa o setor, a Anfavea. Em volume, o número de veículos encalhados avançou de 348,9 mil para 387,1 mil unidades em um mês, o que equivale a 48 dias de vendas. Antes, era o correspondente a 37 dias de vendas.O presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que o setor está "bastante preocupado" com o aumento dos estoques de veículos e que vai buscar reduzir nos próximos meses o nível de veículos encalhados. Nesse sentido, diversas montadoras têm anunciado medidas para reduzir a produção — como férias coletivas, paradas de produção e afastamento temporário de operários. Moan disse que a escalada dos estoques se deve à acomodação das vendas no mercado doméstico.A produção brasileira de veículos caiu 3,6% em março, em relação a fevereiro, para 271,2 mil unidades, ainda segundo a Anfavea. Além da economia brasileira fraca, puxou as vendas apra baixo a retração das exportações à Argentina.Na comparação com março do ano passado — que, sem carnaval, teve mais dias úteis que o deste ano —, o recuo foi de 17,6%. No trimestre, a produção recuou 8,4% sobre o mesmo período de 2013, para 789,9 mil unidades.Em fevereiro, o desempenho do setor havia subido 18,7%, na comparação mensal, recuperando as perdas de janeiro, quando várias companhias concederam férias coletivas.Na comparação com fevereiro, houve recuo de 3,3% na montagem de veículos leves. Já a produção de caminhões - de 13,7 mil unidades no mês passado -, caiu 18% na comparação anual e 9% em relação a fevereiro. Nas fábricas de ônibus, houve queda de 7,6% na comparação com março de 2013.No total, 3,5 mil ônibus foram produzidos no Brasil durante o mês passado, 5,3% abaixo de fevereiro. Segundo o balanço da Anfavea, a ocupação nas montadoras, incluindo o setor de máquinas agrícolas, caiu 0,4% na passagem de fevereiro a março, para um total de 155,5 mil empregados no mês passado. Desde o início do ano, o setor já eliminou 1,5 mil vagas de trabalho.A previsão da associação é de um crescimento de 1,4% da produção neste ano, superando a marca recorde de 3,71 milhões de unidades de 2013. Quando se considera apenas os carros de passeio e os utilitários leves, segmento que teve parte dos descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) retirada na virada do ano, a produção somou 254 mil unidades no mês passado, uma queda de 17,7% em relação ao volume de um ano antes.Empresas se ajustam a tendência de baixaVárias montadoras já adotaram medidas para se ajustar à perda de ritmo das vendas, consequentemente, da produção do setor. Volkswagen, General Motors e Peugeot suspenderam trabalhadores.A Mercedes-Benz do Brasil, unidade do grupo alemão Daimler, por sua vez, confirmou nesta sexta-feira a abertura de um programa de demissão voluntária (PDV) pela Mercedes-Benz do Brasil, unidade do grupo alemão Daimler, já comunicada a funcionários na fábrica de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.“A empresa tomou medidas de flexibilização da produção uma vez que o mercado brasileiro e Argentina estão impactando a produção diária”, informou a assessoria de imprensa da companhia.No comunicado, a Mercedes-Benz informa que tem um excedente de 2 mil trabalhadores na fábrica que atualmente emprega 12 mil funcionários. Segundo a companhia, o PDV ainda não teve condições definidas em termos de meta de adesão ou prazo.A empresa tem uma fábrica de caminhões em Juiz de Fora (MG) e determinou férias coletivas entre 22 de abril e 11 de maio. Em São Bernardo do Campo, antes do PDV, a empresa já havia determinado desde a terceira semana de fevereiro semana de 4 dias de trabalho na produção de caminhões.No total, a Mercedes-Benz emprega nas duas fábricas 13 mil trabalhadores. As vendas de caminhões no primeiro trimestre acumularam queda de 11,2% sobre o mesmo período do ano passado, informou a associação de concessionárias Fenabrave nesta semana.

Será que já iniciou uma retração na economia brasileira, antes mesmo da Copa do Mundo? Imaginemos então depois de encerrada as festividades da copa, quando investidores estarão indo "embora" do País e as lentes mundiais estarão se retirando, o que sobrará?? Eis o dilema.... Cenas dos próximos capítulos...

Fonte: O Globo

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